Você Consegue Ver Emissões Tóxicas com Câmeras Termográficas?

A maioria dos gases – metano, hexafluoreto de enxofre (SF6), monóxido de carbono e centenas de outros – são invisíveis a olho nu, tal como a maioria dos gases no ar à nossa volta. Mas será que eles podem ser vistos com uma câmera termográfica?

A resposta é sim, às vezes. A maioria dos geradores de imagens térmicas não conseguem detectar diretamente os gases, mas as câmeras de Imagens Ópticas de Gás são câmeras termográficas altamente especializadas com filtro espectral para visualizar emissões de gases específicos.

 

Muitos gases que são invisíveis a olho nu podem ser visualizados com imagens ópticas de gás. 

Como funcionam as imagens ópticas de gás?

Muitos compostos gasosos absorvem energia infravermelha, mas apenas dentro de uma certa faixa de comprimentos de onda. A maioria dos hidrocarbonetos – benzeno, butano e metano, por exemplo – absorve radiações próximas ao comprimento de onda de 3,3 μm (micrômetros), enquanto um composto como o SF6 absorve energia perto de 10,6 μm. (Existem alguns hidrocarbonetos que apresentam vários picos de absorção no espectro de IV, como o metano, que também absorve perto de 7,7 μm, mas para visualizar facilmente esses vazamentos de gás deve ser utilizada uma câmera de imagens ópticas de gás filtradas.)

Uma câmera de imagens ópticas de gás utiliza um filtro espectral especial montado na parte da frente do detector que restringe os comprimentos de onda de radiação que podem passar a uma faixa bem estreita, a chamada banda de passagem.

Dentro dessa faixa bem estreita, destinada a um gás específico, as câmeras de imagens ópticas de gás conseguem visualizar onde existe uma pluma de gás, que normalmente é semelhante a uma nuvem de fumaça, impedindo que a energia chegue ao detector de IV. Essa nuvem é onde a energia desse comprimento de onda está sendo absorvida pelo gás.

 

Para saber mais sobre como uma câmera de imagens ópticas de gás funciona, confira o artigo A Ciência Por Trás das Imagens Ópticas de Gás da FLIR.

Será que todos os gases podem ser vistos com imagens térmicas?

Como as câmeras de imagens ópticas de gás visualizam o gás como uma falta de energia infravermelha, se um gás não absorver a radiação infravermelha na banda de passagem filtrada ele não pode ter sua imagem diretamente gerada no gerador de imagens ópticas de gás. Por exemplo, gases nobres como hidrogênio, oxigênio e nitrogênio não podem ter sua imagem diretamente gerada. E, mesmo se uma câmera conseguir visualizar um gás específico (os hidrocarbonetos gasosos, por exemplo), ela não conseguirá visualizar outro gás que tenha propriedades de absorção de infravermelho completamente diferentes, como o SF6.  Por isso a FLIR possui um portfólio de câmeras de imagens ópticas de gás para a detecção de diversos gases.

Será que um gás pode ser identificado através de imagens térmicas?

As câmeras de imagens ópticas de gás são excelentes para detectar vazamentos de gás. No entanto, esse processo não se presta à identificação de gases. É necessário saber antecipadamente que filtro espectral deve ser usado para a banda de absorção específica do gás em questão.  Uma câmera não é capaz de especificar qual gás em uma “família” de gases está sendo detectado.  Por exemplo, uma câmera que visualiza hidrocarbonetos gasosos não consegue especificar qual hidrocarboneto gasoso está sendo visto.

 

O dióxido de carbono torna-se visível com uma câmera de detecção de gases. 

Confira as câmeras de detecção de gases oferecidas pela FLIR para saber mais sobre como essas câmeras são usadas para detectar vazamentos de gás de forma rápida e fácil.

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